Curiosidade

Sinopse - Curiosidade era algo contagioso e podia até mesmo estar no sangue. Não que Brook tivesse tivesse sangue de qualquer forma.

Era um show simplesmente enorme, desses que era praticamente impossível distinguir uma pessoa em meio a enorme multidão.

Mas Brook tinha olhos muito bem treinados...Isso claro, se ele tivesse olhos!

Enquanto tocava, um vulto chamou sua atenção, rápido, passando por cima dos demais. Na música seguinte pode notar como o vulto se posicionava sobre as grades que seguravam a iluminação.

Era a última música e a imagem difulsa não abandonava sua mente inexistente. Estando por cima das luzes era impossível dimensionar a figura ou mesmo saber se ela era de alguém ou alguma coisa.

Contudo, algo dizia ao músico que se tratava de alguém, uma pessoa que o observava atentamente da escuridão, como se analisando-o, quase se ofendia ao perceber que sequer parecia estar ouvindo sua música, ocupado demais estava em analisar sua figura.

E então o show terminou, as luzes se apagaram...E mesmo assim a sombra seguiu no mesmo lugar.

Quando teve a certeza de que estava sozinho, Brook usou de seu pouco peso para dar um enorme salto, equilibrando-se sobre o fino metal e encarando a figura difusa.

Se tivesse pálpebras teria piscado nesse instante. Reconheceu a figura de imediato, por isso levou um tempo para sair de seu estupor.

A sombra não parecia incomodada com isso, aproveitando a oportunidade para observá-lo mais de perto.

Curiosidade.

Era o que estava refletido sobre aqueles olhos sérios. Uma sensação de deja vúu passou pelos ossos do esqueleto.

Só havia uma outra pessoa que o tinha observado daquela maneira, com pura curiosidade, sem nenhuma pitada de medo ou pavor.

Como queria ter lábios para sorrir.

-...Me honra que um homem tão ocupado venha ver um show meu.- Brook finalmente recuperou a capacidade de fala.

- ...Eu não estava muito longe daqui. Pensei que seria interessante. - Possuía uma voz grave.

Eram tão diferentes...E ainda assim.

- Yohohoho~ Então eu despertei sua curiosidade?

- Digamos que não se vê esqueletos que falam e cantam todos os dias, mesmo no Novo Mundo.

- Yohohoho~ Sim, imagino que sim. Então, deixe-me apresentar formalmente - Tirou seu chapéu coroa e fez uma reverencia - Sou Brook, músico dos piratas do Chapéu de Palha, embora acredito que o senhor já saiba disso.E o senhor dispensa qualquer apresentação, digamos.

- Eu tenho minhas informações e é um prezer conhecê-lo.

- Entendo. - Estendeu a mão e o homem a apertou com força - Eu estaria sorrindo agora, se tivesse lábios! yohohohoho!

E para seu completo espanto, o outro sorriu, muito sutilmente, mas Brook tinha experiência de vida suficiente para saber que ele tinha achado graça da piada.

Que curioso.

- Luffy tem um gosto estranho para companheiros - O homem disse num tom bem mais ameno - Mas eu não acho que posso dizer qualquer coisa...

- Nós os chapéus de palha somos de fato um grupo bem peculiar! yohohoho~ Mas pelo que disse...O senhor também gosta de pessoas estranhas?

Ele sorriu novamente, um sorriso pequeno, bem menor dos que Brook estava acostumado, mas ainda assim era um sorriso que soava familiar.

- A loucura é que vê o estranho no mundo.

- BROOK! Onde está você?! -A voz de seus produtores procurando-o roubou sua atenção. Quando voltou para o homem que deveria estar na sua frente.

Ele havia desaparecido...

Brook ficou ali mais uns minutos pensando, ignorando os gritos. Embora eles não se parecessem nada fisicamente...

As aparências não refletem tudo, elas podiam enganar.

E Monkey D. Dragon era um curioso exemplo disso.

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